Várias mudanças aconteceram, ao longo do tempo, nas fazendas de
café. Essas mudanças atingiram desde as senzalas até a casa-grande.
A senzala era
o local onde os escravos viviam de forma desumana, eles eram muito controlados pelos senhores. Havia apenas uma porta de entrada, e uma porta de saída, às vezes ficavam acorrentados... A senzala que visitamos na fazenda Tozan é muito pequena, muito escura, quente, suja, e conseguimos ter a ideia de como era a vida sofrida dos escravos.
Geralmente, eram construções muito precárias, de pau a pique, onde inúmeros escravos foram abrigados sem nenhum conforto. Por não ter nenhuma higiene, nem cuidados para prevenção de doenças, o local era muito infectado. Muitas doenças chegaram lá, como o carrapato estrela. Atualmente as senzalas não têm a mesma função do passado, são apenas destinadas para visitação.
A casa-grande era onde a família do dono da fazenda morava. Era a construção mais sofisticada (possuía janelas de vidro enormes, esculturas,
tecidos, móveis, espelhos e cristais), com maior infraestrutura e também a
construção mais chamativa de toda a fazenda. Além disso, para receber convidados existia a sala de visitas, o espaço destinado para acolher visitantes, mas sem deixá-los entrar nos demais cômodos da casa-grande, apesar desta possuir inúmeros quartos espaçosos que não eram usados. Para expressar a hierarquia do dono da
fazenda sobre os escravos, a casa-grande está sempre localizada em uma posição privilegiada ou mais elevada, para o senhor ter o controle sobre o trabalho dos escravos.
Os escravos que trabalhavam na casa-grande eram
chamados de escravos domésticos; suas funções eram manter a construção
limpa, conservada ou qualquer outro serviço doméstico. A casa-grande ainda é
utilizada para hospedar o dono da fazenda, contudo, com o fim da escravidão não existe todo aquele prestígio simbólico do passado.
O terreiro era o espaço de terra no qual eram executadas algumas
etapas da preparação cafeeira, como a secagem do café colhido e seu transporte
para os outros processos. Atualmente, esse espaço é de cimento e ainda tem a mesma função, pois a produção
do café está presente desde o século XVIII. Uma coisa que mudou foi a mão de
obra: antigamente era escrava ou imigrante, atualmente, são trabalhadores assalariados. Algumas construções da fazenda ficam
próximas ao terreiro, para facilitar a transição das etapas da produção do café.
Lucas G. de França
Gustavo Caldeira
Mais informações sobre as etapas mecanizadas
Texto "A fazenda de café"
Texto "A fazenda de café: que fortaleza"
Texto "A fazenda de café"
Texto "A fazenda de café: que fortaleza"
O nome do Gustavo ficou estranho, deslocado à esquerda... Padronizar a legenda das fotos, na primeira o crédito da foto está maior que a própria legenda...
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